segunda-feira, julho 28, 2008

Números - blogando com a utilidade deles.

Quem são eles?
Tá bom, é uma pergunta que vocês talvez não possam responder. O que pode ser dito é que fazem parte de uma forma de escrita. Uma forma de registro, uma forma de expressão. Complexa. Quase sempre.
Eu sempre tive a impressão de que eles tornam as coisas mais difíceis de compreender. Ou mais fáceis, dependendo da situação.
Ok. Situação problema:
Imagine que você está assistindo uma apresentação de trabalho de um colega de classe. Situação comum em ambientes escolares. - Você provavelmente ficará entediado, pois grande parte do que ele está falando poderia ter sido deduzido por você. E você não precisa que ele fique ali falando mais nada. Você não avaliará a apresentação do trabalho, está ali apenas como ouvinte.
Agora imagine que ele comece a falar em números, dados, porcentagens... No mínimo, o interesse que você tinha no trabalho dele pode ter dois destinos : ou vai aumentar bastante, ou vai cair absurdamente ao ponto de lhe fazer dormir.
Imagine uma situação igual, mas agora você é a pessoa que avaliará o trabalho.
Está achando a apresentação perfeitamente normal. Quando os números começarem a ser apresentados, no mínimo você prestará mais atenção ao trabalho. Se os números forem tremendamente simples você seguirá atento. Se os números forem somente "simples", com certeza você não vai forçar sua mente para tentar entendê-los na velocidade em que estão sendo apresentados, e nem vai ter a petulância de pedir ao palestrante que explique os números. Se for petulante o suficiente, talvez você possa entender o que se passou na cabeça desesperada do estudante que acabou de lhe apresentar uma bela merda de trabalho, e vai entender o que vem a seguir.
Outra situação é você apresentar um discurso. Sejamos coerentes e imaginemos que você o preparou bem. Simples, objetivo. Mas quer dar uma de inteligente. Ora, acrescente números a ele. Quaisquer números. Fale da página que você está lendo. Ou diga que 12% do texto é bacana e 27% é inventado. Ninguém vai perguntar sobre os 60% que faltam. E nem vão se tocar que eu acabei de deixar 1% de resto. Que será a informação inútil.
Quando falam-se números, o ouvinte tende a não forçar sua mente de forma a compreender o que está sendo dito. Ou seja... somos preguiçosos demais para prestar atenção a um pequeno detalhe. Mesmo que ele seja muito simples.
Bom, por que resolvi escrever sobre isso?
Não sei. Mas é algo que venho observando. A maioria das pessoas não consegue realmente compreender os números. E pra ser sincero... nem as palavras. Mas quanto às palavras eu não vou escrever agora.

O colégio está uma merda. 28% do tempo em que estamos na sala de aula, tentamos resolver o que fazer nos outros 60% de tempo que nos resta. 88% - esse é o tempo de aula perdido na minha semana. Somente 12% do tempo é realmente aproveitado para alguma coisa útil. Legal, não? NÃO.
Tá bom, mas deixa pra lá. É uma prisão de terceiro ano. Tanto faz. Só quero estar na faculdade ano que vem. Só quero fazer mais música. Mais pedrada. Mais amor.
E talvez essa sensação de inquietação no meu peito vá embora.

Tem algo que eu estou querendo ultimamente. Simples. Me faz uma falta danada.
Eu quero uma jam bacana, caipirinha pra curtir a pedrada, e carinho de uma menina que está me dando saudades já.

Se tiver alguém aí querendo jamear... só falar.

domingo, julho 13, 2008

Idéias e Imagens velhas.

Estou ouvindo Siam Shade agora, mesmo estando meio surdo de um ouvido por causa do show de ontem. Tributo ao PANTERA! é. Foi brutal.
Continuando a minha história. Ha, que coisa ridícula.
Bem, vim aqui contar que estou feliz. Estou sentindo o equilíbrio voltar aos poucos. Mas eu acho que eu estou me agarrando a uma forte idéia nova. Ela simplesmente parece ser um pouco difícil de entender, mas é assim que eu gosto. Leva tempo pra compreender.
Sim, estou feliz. Interessante é pensar sobre como os outros me vêem. Talvez seja um pouco verdade tudo aquilo que as pessoas pensam. A minha vida está sendo tão boa quanto vocês imaginam. Talvez porque eu estou aprendendo como funciona a minha cabeça e o inalcançável está se tornando tão próximo que posso abraçar.
Ontem alguém com problemas em ficar sozinha pedia minha companhia. Pensei muito sobre isso. Me senti assim por muito tempo. Minha maneira de lidar com a situação foi diferente. Talvez seja por isso que superei. Acho que eu aprendi a curtir. Só isso.
O ano chegou à metade, e eu estou imaginando o que ainda está por vir. Talvez ainda haja muito. Estudar muito, curtir muito, tocar muito, rir muito, treinar muito... resumindo : várias com força.
E talvez um dia eu ainda vá me lembrar o quanto valeu à pena. Sei lá. Ainda não chegou a hora.
perai que eu vou lá pegar um texto antigo pra postar aqui...


Volto depois de 5 min. e aqui estou com o texto que queria.


Poder ao Povo

Poderá o povo
conter a iminente guerra civil
que cresce implícita
em meio a tantas mortes
esquecidas pelos donos
dos relógios de vidro?

Poderá o povo
ver seu mundo definhar
sem compaixão e sem a alma chorar?

Poderá o povo decidir?

Pode você decidir
o futuro
de quem nao acredita
no presente?

Poderá o povo
conhecer a verdade e sair do escuro?

Poder ao povo?

Onde, senão aqui?
Quando, senão agora?

Há um mundo a ser criado.
Há um tempo a ser mudado.
Há um amanhã a ser esperado.

Pode o povo.

Guilherme Fernandes Tritany


Nasceu esse de uma idéia vinda de uma parede pintada num bairro próximo à Universidade Federal de Santa Catarina.
As Palavras diziam : P O D E R A O P O V O


tchau.



sexta-feira, julho 04, 2008

Como eu sou. ou como eu me vejo...

Bom, seguindo o conselho de uma amiga.
Quem sou eu.
Eu sou o Guilherme Fernandes Tritany. É o que está escrito no meu documento de identidade.
É assim que me reconhecem formalmente. Filhos da Puta, estão redondamente enganados.
Eu gosto de me assumir como o Gui. É o nome que consegue expressar quem sou. É o nome que traz consigo a minha verdadeira cara. Cara.
Então, quando você se refere a mim como "trita" ou como "tritany", não espere de mim a reação mais sincera, e sim a que corresponde a tal nome.
Eu sou pacífico. Tranquilo. Apesar de adorar a adrenalina nas coisas. Eu amo me cuidar e eu amo o esporte. Eu sou fresco. Eu não sou tão simples quando gostaria de ser. Eu não como gordura. Eu não como gelatina. Eu odeio corantes e doces de criança. Eu adoro criança. Acho que é uma ligação que eu tenho com elas e elas comigo. Eu gosto de estudar e gosto de conceitos. Eu sou um mentiroso (apesar de falar a verdade na maioria das vezes), eu gosto de ser reconhecido e nem sempre mereço tal reconhecimento. Eu gosto de experimentar o novo. O alternativo. Me atrai loucamente como se fosse o destino.
Eu sou brasileiro. Eu adoro o meu país e quero vê-lo crescer. Mas eu não acredito nas pessoas. Elas não querem um mundo melhor. Não ensinam as outras. Não compartilham. Acumulam um poder imaginário chamado dinheiro. Eu gosto de ter conforto, mesmo que seja simples.
Eu não ligo pra você. Eu não ligo se você usa roupas caras ou faz isso ou aquilo. Eu ligo pra quem mostra interesse. Eu gosto de ser quem sou. Eu não vou mudar pra me encaixar no seu grupo. Deve haver um grupo que me aceite.
Eu adoro estar com gente perto de mim. Eu adoro falar e ser ouvido. Eu adoro aprender com gente diferente. Eu sou carinhoso e adoro abraçar as pessoas. Eu sou assim.
Hoje em dia a música faz parte da minha alma. Na verdade, eu sinto a necessidade de fazer música. Se não é assim, eu não existo por inteiro. Não sou completo.
Eu sou o Gui. Eu morro de vontade de lhe conhecer. Que tal a gente conversar? Bom, internet é algo bem escroto mesmo. Se a gente se cruzar na rua de repente rola um papo.
Boa noite pra vocês.

quinta-feira, julho 03, 2008

Sonhos...

Eita, acabei de postar agora mesmo outra crônica do guitarreiro... Mas senti vontade de escrever outra coisa...
Não tem ônibus em Floripa hoje. Ou Em floropa.. não sei ao certo.
Têm ônibus na Palhoça. Afinal, lá ainda não chegou a notícia da greve.
Mas brincadeiras à parte...
Lembram daquele tempo em que mesmo uma cidade era considerada uma grande distância?
Claro que não. Vocês não eram nascidos. E eu ainda pergunto, ai ai...
Mas saca só, é assim que me sinto. Queria ir ao centro.. mas agora pensei numa coisa interessante..
Lembram daquela música "O dia em que a Terra parou"? Queria ir ao centro hoje, mas não vou lá comprar meu tocador de mp3... pois eu sei que o vendedor também não estará lá..
Quero ir ao almoço de quinta... mas não sairei de casa pois eu sei que meus amigos também não estarão lá...
E o raul inda canta ao meu ouvido pois ele sabe que ele é Grande e quando a Terra realmente parar como ele sonhou, talvez cada um cuide de sua vida. E talvez eu consiga me lembrar o que foi que eu tinha na cabeça quando eu resolvi acordar cedo hoje e sentar-me à frente de um computador trajando uniforme de colégio militar. É, talvez eu esteja um pouco louco.

Na noite de Terça pra Quarta... eu tive um sonho. É engraçado contá-lo aqui. Eu deveria tê-o contado à camila, ou à porcariazinha, ou ao mestre vini, mas aqui estou.. bora lá!

Sei lá, tudo começou meio estranho. Eu me vi chegando à casa de meus avós maternos. Fica no meio de um bosque, cheia de mata ao redor, e é muito bonito lá. Entrei na casa e falei com meus parentes que lá estavam na casa do "patriarca". Eu sentia como se tivesse algo importante acontecendo. Um motivo de orgulho. Mas acho que não me deram muita bola. Todos estavam saindo pra ver um jogo de futebol.
Dentro da casa, havia uma menina que eu nunca tinha visto. Era morena. Cabelos lisos, corpo bem cuidado, belo rosto. Tão bela que na hora me chocou. Tão viva que me dava arrepios. Talvez eu estivesse delirando, mas eu não conseguia entender. Era a visão mais perfeita. Simples assim.
Ninguém parecia dispensar a ela a menor atenção. Mas eu me apresentei. Não me lembro agora qual era seu nome. Não lembro. Mas sei que a sensação de ouví-lo me fez suspirar.
Por algum motivo me vi saindo da casa. Lá nos fundos, havia um monte de gente. Gente que eu nunca vi na vida, mas por algum motivo eu me senti à vontade para conversar e rir. Eu parecia conhecê-los intimamente. Talvez fossem só a projeção de minhas personalidades. Sei lá.
Num momento tudo pareceu acalmar-se, e eu vi que havia uma tenda. O grupo de pessoas mais próximas a mim parecia ser o mais ridículo. Apesar de me parecer o mais divertido. Mas nós estavamos destacados. Todas as pessoas ao redor de nosso grupo abria caminho para que nós lentamente chegássemos à tenda. Lá havia muita comida e um casal que parecia nos homenagear. De repente uma garota de cabelos encaracolados segura meu braço. Ela se agarra a mim apaixonadamente como quem parece estar muito feliz. Na hora eu não saquei, mas eu parecia sentir como se fosse minha namorada.
Em um minuto, recebi as homenagens e me lembro de ver a menina me levar à boca um pedaço de um delicioso bolo. Tirava-se fotos no momento e talvez por uma maluquice de sonho eu percebi que estava sem camisa. Após engolir o primeiro pedaço do delicioso bolo, a menina me beija freneticamente, de uma maneira arrepiante e que me fez parar naquele momento e realmente tentar entender tudo. Era um beijo forte. Fortíssimo que me faz perder a noção do tempo.
De repente eu me vi conversando com o casal que nos homenageava, quando todos já tinham ido comemorar em algum canto e me pedido pra encontrá-los logo. Eu conversava como se soubesse que aquele momento era mais importante do que a comemoração com os amigos. Eu tinha um carinho enorme por aquele casal. Eles eram meus mentores. E talvez meus amigos. Eles me eram inspiração e arte que balança o coração.
Antes de acordar... eu percebi que a todo tempo eu era assistido pela menina de cabelos lisos cujo belo nome não lembro. Ela me assistia durante todos os passos. Me preocupei tremendamente quando a outra garota me beijou. Eu tinha em minha mente o interesse naquela morena. Eu a queria. Eu a desejava. De alguma forma ela me fez pensar.
Acordei na quarta feira com o celular me despertando com uma música simpática e o meu irmão me agradecendo pelo som. Acordei e só conseguia pensar no sonho. Foi a primeira vez que eu acordei sem querer voltar ao sonho. Eu sabia que ele era um sonho. Mas ele me intriga até agora e me faz querer cair fora daqui.

Já escrevi coisa demais. Eu tenho que subir e trocar de roupa.

Bom dia pra vocês.

O de hoje...

Continuando a saga...
Bem.. só pra dizer que hoje não há ônibus rodando na cidade de Florianópolis. Uma greve que segue desde ontem. Parou a cidade. Literalmente.
O mais interessante.. é que eu me sinto preso a alguma coisa. Deve ser porque é quinta feira. Arthur Dent já dizia que nunca entendeu qual é a das quintas. Concordo com ele. Cada semana um novo sério problema.
Quanto ao dia de ontem... bá.. foi interessante. Qualquer hora escrevo algo sobre ele.
Há dois dias tomei a decisão de finalmente entrar no mundo da tecnologia comprando um aparelho tocador de mp3. Sou muito caipira pra essas coisas... mas é muito bom correr à beira mar ouvindo um som brutal. E passar rugindo à noite. Tem gente que deve ficar assustada ao ver um 'urso' correr rugindo.
haha
Mas essa é outra história.


O guitarreiro e a menina de verde...


Guitarreiro anda por aí e coleciona beijos.
Ele não o faz por mal. Ele não o faz pra aparecer. Ele o faz porque é carinhoso. Só isso.
Guitarreiro pede beijo à moreninha de verde logo cedo. Próximos à rampa, conversam sobre qualquer besteirinha. É o normal. É rotina. Mas é vital. Faz uma falta imensa quando guitarreiro passa a manhã no colégio sem falar com a menina de verde.

Guitarreiro sobe a rampa e vê um colega a girar uma metralhadora imaginária para todos os lados a atirar. O sorriso que aparece em seus rostos é cativante. Mas o sorriso do rapaz da rampa é diferente do sorriso do guitarreiro. O sorriso do rapaz vem da graça que ele vê na piada. O sorriso do guitarreiro vem da graça que ele vê em sua vida. Não é tão bacana quanto parece. Mas é tão legal quanto pode ser.

Guitarreiro desce a rampa no intervalo e conversa com a moreninha de verde. Não sei o que há, mas ele sempre consegue botar um sorriso no rosto da menina. É isso o que importa. Nada mais.

- Ei, guitarreiro, como foi o fim de semana?
- Ah, você sabe... foi uma merda. Mas eu estou super feliz.
- Como é que você consegue estar sempre feliz assim?
- Não sei. Acho que é porque eu merdei a regulagem da guitarra.
- E não era pra estar triste?
- Claro que não. Ah, - pára por um instante – Sei lá, eu. Pergunte ao Magrão aí, oras.

E a menina sorri.

O coração do guitarreiro se enche de calor.



Bom dia para vocês.