sexta-feira, setembro 19, 2008

A ciência brincando de Deus.

Não que eu faça alguma apologia a religiões. É só um título.
E também não acredito no criacionismo. A questão é outra:
Você comeria um alimento que foi geneticamente modificado para ser mais saboroso? E se ele tivesse o mesmo gosto, mas fosse só mais resistente a pragas?
Está aí a polêmica que me chamou a atenção hoje.
O Projeto Genoma Humano busca decifrar o código genético do ser humano, para tratar doenças e talvez futuramente alterar características indesejadas.
O cultivo de alimentos transgênicos é uma prática que visa aumentar o lucro dos produtores, bem como modificar características em diferentes espécies de vegetais.
Agora vem a pergunta:
Sabendo-se que as espécies evoluiram segundo a seleção natural, e que há uma necessidade, ou uma razão de um ser apresentar suas características, para que modificar a genética dos alimentos?
Será a manifestação do medo da morte? Quero dizer, vai contra a ordem natural das coisas, saca?
É brincar de Deus.
Historicamente sabe-se que as maiores criações do Homem não deram certo. A maior prova disso é a sociedade.
A sociedade é a maior criação do ser humano. E ela é o maior erro de todos. Ela é errada desde a base, e cada emenda feita só a deixa mais feia e mal acabada. Nem de longe ela parece ser bem estruturada. Dá medo até de passar perto.
Agora paro e penso... Tenho medo dessa comida cheia de ingredientes transgênicos. Quero dizer: Eu não sei o que tem aí dentro, e -contrariando as leis, como sempre no Brasil- não tá escrito em lugar algum o que é transgênico ou não é.
A questão que envolve a saúde é: Os estudos NÃO comprovam que os Transgênicos NÃO fazem mal. OU SEJA, e se você desenvolver um câncer por causa de substâncias novas e estranhas ao seu corpo? Vai funcionar igual à exposição à radiação. Só que mais lento.
Outro Probleminha... Pelo amor de Deus! Qual é a dessa vontade que o ser humano tem de se tornar imortal! As marcas no DNA estão lá por um motivo, os nucleotídeos estão organizados daquela maneira, porque há de ser assim. Que vontade que uns cientistas têm de meter o nariz em tudo!
Já pensou se daqui a 50 ou 100 anos começa-se a modificar os genes das criancinhas por terapia gênica? Imagina se resolvem corrigir tudo que é imperfeição? Já pensou na galera que ia viver mais? Super População. Super mesmo.
Eu não quero mudar! Eu quero o normal. Eu quero o natural, viver e morrer. Tudo ao seu tempo. Eu quero que os meus filhos venham ao mundo naturalmente. Da mesma forma que eu vim.
Sexo.
E não provenientes de uma fecundação em um vidrinho -vide "O DEMOLIDOR"-, saca?
Tudo bem, até seria legal se alguém desse ao meu filho um gene de órgão sexual enorme, quero dizer, pelo menos privaria-o da preocupação que me aflige agora.
Sei lá, de repente estamos marchando pra um caminho diferente do que seria o certo. Toda espécie aceita a sua existência numa boa, por que nós é que temos que ficar contestando-a?
Alguém pra me pagar um suco à beira-mar enquanto eu curto o resto de minha existência natural?
Boa noite.

terça-feira, setembro 16, 2008

Um Pedido,

Que faço a vocês, leitores.
Já farei o pedido. Explicarei primeiro a razão.
Estou numa fase em que eu estou apaixonado por escrever artigos e opiniões.
Uma situação que já ouvi de outros blogueiros e agora vivo:
A gente escreve. Posta um artigo. As pessoas lêem - ou não -, mas a gente fica pensando que ninguém leu. É PORQUE NINGUÉM COMENTA. O comentário serve para quem escreve como um "feedback", ou seja, uma forma da gente saber que alguém lê.
Aí, conversando com os amigos alguém vem e diz: - Poxa, gostava do que você escrevia no seu blog. Por que você parou de escrever?
E eu penso: - Raios, porque ninguém comentava nada e eu achava que ninguém lia.
Por isso, meus amores, se ler o que eu escrevi, vá lá nos comentários e poste um "lido"
não precisa comentar nada, só me deixe saber que você leu.
Obrigado!
e comentem ;)

terça-feira, setembro 09, 2008

"Ignorância é Tranquilidade",

Já ouviram isso? Eu gostaria de não tê-lo nem visto.
Eu perdi o ponto. Dormi demais. Estava pensando no rumo que tomaram certas relações. No quão decepcionado estou. Mas isso é outra história.
Dormi demais e acordei longe. Na área mais pobre e mais esquecida do bairro.
Passava por aquelas ruazinhas e imaginava o que eu faria se vivesse aquela vida.
Eu estudaria de manhã. talvez sim. Eu passaria minhas tardes fazendo algo totalmente diferente do que eu faço agora. Depois, eu encontraria meus amigos. Pessoas que moram perto de mim e e pensam parecido. Mesma realidade, experiências parecidas. Deito-me com as meninas da vizinhança e meu coração bate perdidamente pela morena filha do cabra mais rabugento da comunidade. Feliz e tranquilo, eu nem sonho com "mobilidade social", e o que eu vejo na televisão me parece muito justo e bem dito. Não faço a menor idéia de como se administra o pouco dinheiro que tenho, e não ligo se você o faz. Eu vivo uma vida simples e vivo feliz, perto de amigos de infância que não são lá grande coisa, mas são meus amigos. Pouco me importa como organiza-se a sociedade, ou o que quer que seja isso. Não entendo o que me diziam na escola e o porquê de ir àquela casa todo santo dia receber instruções de uma pessoa que só porque sabe meia dúzia de coisas científicas, acha-se superior a mim.
Talvez daqui a dez anos eu olhe pra trás e não veja diferença. Continuo o mesmo. Sinto-me depressivo quando penso na merreca que ganho no meu trabalho como empacotador, mas faz parte. Na minha cabeça, todos estão descontentes com o que fazem, mas o fazem porque trabalhar é a ordem natural das coisas. Não que eu entenda o que "ordem natural das coisas" quer dizer, mas sou assim.
Voltando à minha realidade...
Revoltado. É como me sinto. Eu recebi de alguém, seja lá quem for, a capacidade de analisar as coisas, pessoas, sociedades. Eu aprendi a ler e a escrever, não para repetir, mas para interpretar e criar. Eu aprendi as ciências e as teorias, para conhecer o mundo, e tudo isso só resultou na minha revolta.
O mundo está todo errado.
Eu vejo as guerras, eu vejo as pessoas, eu convivo com gente que sabe muito e gente que não sabe nada. Eu convivo com gente que tem muito, e gente que não tem nada.
Gente, gente. O mal que assola o mundo. A matriz funciona. A organização é que está errada.
Eu conheço a mobilidade social, eu aprendi alguma coisa sobre administrar dinheiro. Eu não trabalho, eu estudo. Eu sei o porquê de estudar tanto. Eu valorizo o conhecimento. Não a decoreba nojenta que nos ensinam nas escolas, mas a rede imensa que atravesso enquanto penso. As ligações entre conceitos e idéias. Idéias que nem são minhas, mas que eu conheço.
Eu não acredito na mídia, eu reflito sobre o que aqueles porcos me dizem, e reaproveito o melhor da informação.
Não vou falar sobre os meus amigos. Talvez a decepção que estou sentindo agora seja só uma fase. Talvez tenha sido só um descuido e tudo possa ser resolvido conversando.
Mas de uma coisa eu tenho certeza: Cada vez que eu penso em tudo o que eu conheço, eu acabo chegando a um ponto de revolta. Talvez ainda haja alguém que possa me explicar por que eu amo tanto o conhecimento, mas por entender tudo isso, sinto tanta tristeza...
Não vou falar sobre a minha decepção com as pessoas que eu amava. Embora seja exatamente disso que eu queria falar.
Deixa pra lá.
Boa noite.