domingo, fevereiro 06, 2011

Meu maior acerto, meu maior erro...

 É estranho pensar que tudo mudou, e continuar com aquele gostinho, querendo cada vez mais...
Quando a gente se viu, foi a comoção, choramos juntos por umas horas, e a cada segundo, sentindo um novo calor, fruto de um abraço tão gostoso, que nunca vai deixar minha emoção. É porque amar é tão doído, que vamos nos largar no mundo, sentindo nossas dores até que a saudade as transforme em sorrisos. Não estou feliz. Claro que vai doer demais, mas não sou eu quem manda, e foi tudo minha culpa. Eu tenho é que lutar pra mudar, pra ser sincero sem machucar, pra ser honesto e não me afastar, tenho que amá-la em silêncio... Se eu pudesse tê-la de volta agora, talvez as coisas fossem diferentes, mas acho que é assim que se cresce, e é assim que ela quer crescer. 
Amor não vai faltar, e eu estarei esperando o seu coração esquecer essa dor, pra se juntar ao meu, de novo.
Daqui pra frente, não sou mais eu. Tenho que me descobrir, e a viagem há de ser longa e intensa...
Quando eu voltar, mais moreno e cansado, a gente se liga.


G. Tritany

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Pratagi não é Pratagy

Dia lindo; o vento soprava por entre os coqueiros altos de Maceió, e rumávamos a outra praia paradisíaca. Eis que surge a idéia de visitar Pratagi, de difícil acesso por estar bloqueada pelos interesses hoteleiros.

Acontece que, ao chegar à parte sombreada pelos belos coqueiros, somos interpelados por dois seguranças, que nos pedem, sem a menor vergonha na cara, para sair dali. Ora, a praia não é do hotel, e não temos nada a ver com o fato de os hóspedes esnobes acharem que podem ser assaltados.

Esse quadro é fruto de um escapismo da realidade que é característicos dos ricos. Esquecem que também são gente, igual gente que trabalha, igual gente que sua, pega ônibus, que implora e que não se hospeda em hotéis como o Pratagy Resort, que tenta, como seus simpáticos esforços, privatizar a praia de Pratagi, presente dos céus à humanidade.

Claro que não dá pra passar sem uma piadinha: “Poxa, que bom é poder estar na praia e saber que não vão mexer nas nossas coisas, com dois seguranças olhando o tempo inteiro”. Sim, dois seguranças nos olhando a cada segundo, prontos para agir contra nós; prontos para agir contra a classe trabalhadora, prontos para agir contra a SUA classe, na defesa de um império que o explora através desse trabalho ilegal, sem piedade do pobre segurança, que também é gente como a gente, que trabalha, sua, pega ônibus, implora e que não se hospeda no Pratagy.

Dignidade é só um detalhe; é facilmente comprável, se você souber oprimir certo.

G. Tritany