A escola segue um modelo cartesiano de educação, que segrega as diferentes áreas do conhecimento, sem levar em conta a intertextualidade que se espera do estudante. Tal disjunção das ciências aponta para a burocratização da escola como preparo para a sociedade excludente regida pelas regras do modelo industrial.
Esse modelo cartesiano surge com a segunda revolução industrial, que sincroniza, especializa e padroniza a sociedade produtiva. Dessa forma, a educação fica contida nesse processo como representação clara da extensão do mundo fabril.
Assim, o fluxo de conhecimento, nas instituições de ensino, assume um caráter unidirecional; as idéias fluem do professor para o aluno, em vez de circularem, sem definição de origem ou de destino, o que proporcionaria um maior grau de integração, respeitando a individualidade no corpo discente.
Entender a escola como reflexo das necessidades industriais leva à compreensão de quão ultrapassado está o sistema de ensino diante das necessidades criativas do mundo contemporâneo.
G. Tritany