G. Tritany
domingo, fevereiro 06, 2011
Meu maior acerto, meu maior erro...
G. Tritany
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
Pratagi não é Pratagy
Dia lindo; o vento soprava por entre os coqueiros altos de Maceió, e rumávamos a outra praia paradisíaca. Eis que surge a idéia de visitar Pratagi, de difícil acesso por estar bloqueada pelos interesses hoteleiros.
Acontece que, ao chegar à parte sombreada pelos belos coqueiros, somos interpelados por dois seguranças, que nos pedem, sem a menor vergonha na cara, para sair dali. Ora, a praia não é do hotel, e não temos nada a ver com o fato de os hóspedes esnobes acharem que podem ser assaltados.
Esse quadro é fruto de um escapismo da realidade que é característicos dos ricos. Esquecem que também são gente, igual gente que trabalha, igual gente que sua, pega ônibus, que implora e que não se hospeda em hotéis como o Pratagy Resort, que tenta, como seus simpáticos esforços, privatizar a praia de Pratagi, presente dos céus à humanidade.
Claro que não dá pra passar sem uma piadinha: “Poxa, que bom é poder estar na praia e saber que não vão mexer nas nossas coisas, com dois seguranças olhando o tempo inteiro”. Sim, dois seguranças nos olhando a cada segundo, prontos para agir contra nós; prontos para agir contra a classe trabalhadora, prontos para agir contra a SUA classe, na defesa de um império que o explora através desse trabalho ilegal, sem piedade do pobre segurança, que também é gente como a gente, que trabalha, sua, pega ônibus, implora e que não se hospeda no Pratagy.
Dignidade é só um detalhe; é facilmente comprável, se você souber oprimir certo.
G. Tritany