segunda-feira, março 11, 2013

Olho para o lado um instante,


você está aqui.
É só uma ilusão? Por um momento, pude jurar que meu coração saltava à boca. Não sabia o que fazer, parecia que um nervosismo se apoderava de mim novamente, um frio na barriga, apesar da naturalidade com que as coisas ocorrem. Não estou de cabeça para baixo, não é preciso olhar o mundo desse jeito. Meus cabelos úmidos não estão cheios de sal. É o suor no calor desta cidade.
Um peso paira sobre a minha mesa, um medo de não estudar o suficiente... ainda assim, paro. Abro, em minha curiosidade, sua tela. E fico tentando pegar no ar as palavras que ficam soltas, como enigmas de uma história que se desenrola com elementos do passado e do presente, misturadas em expressões metafóricas e sensações metafísicas. Eu não sou bom nisso, assumo.
São essas cinzas as mesmas que voaram da minha varanda?
Meu café esfria, e também a minha criatividade. É hora de voltar para casa, já está tarde para começar o dia.
No silêncio da noite, outro dia, chiei, gritei, cantei. Estava só. Estava cansado, surrado, confuso, cheio de dúvidas. Cheio de tristeza, cheio de solidão. E daquele lugar esquisito, só queria ir embora, só queria ir para casa. E agora, novamente, só quero deitar numa rede, após uma tarde de praia, sentir o sal no meu corpo sugar minhas energias e proporcionar o sono dos despreocupados. Lá pelas tantas, em minha preguiça fenomenal, olho o mostrador do relógio e te convido para um café e um bolo, para soltar vapor e ver as estrelas.
Mas não é isso que estamos fazendo agora, não é? Tudo ao seu tempo, sem machucar.
Te quero a calma, te quero música, como canta a viola afinada ao sopro do vento, que trouxe de novo a mim a canção recém composta, embrião do sonho e da vontade, morte da dúvida e do medo.
Dança como a menina que outrora cantava notas dissonantes.