sábado, agosto 30, 2008

Eco do silêncio magnético Roxo.

O antigos rituais nada me ensinaram. Foram embora como a borboleta que abandona seu casulo.
Mais forte, mais bonita e decidida.
Que os deuses deste mundo compreendam o quanto eu desejo saber e o quanto eu desejo não desejar. Talvez nem a calma que agora me parece estranha possa curar-me a ferida que está aberta. Aberta. Invisível, mas facilmente perceptível. Exala um cheiro doce da tristeza que me parece tão normal, mas só me vem acariciar os cabelos quando estou sozinho.
Olho o céu. Limpo. E frio. Vento que vem do sul e me provoca náusea. E raiva.
E não pense você que eu não tentei jogar tudo pro alto e viver. Mais do que tentar, eu o fiz.
O ciclo é mais forte que eu. Me fez andar de novo por sua trilha. Uma caminhada cansativa de passos largos e rápidos. Eu estou correndo. O tempo inteiro. Correndo pra salvar-vos. Salvar-vos de nada, ou talvez somente da minha própria ira.
Enquanto eu assisto à tristeza de Sérgio, eu quase entendo o que se passa comigo. Ou não.
Eu estou triste. É só isso. É mais do que eu imaginava.
Nostalgia.
É mais uma das coisas que estou experimentando. Eu já havia esquecido o que era tristeza. Eu sabia o que era preocupação. Há anos não me sinto assim. Triste. E é por pouco. Mas é uma dor mortal.
O coração bate muito rápido e a respiração às vezes é ofegante, a boca está seca e os olhos não lacrimejam. Não derramo nem uma gota.
Eu quero tempo. Pare!
A cada palavra proferida minha mente satura mais e mais...
Dos velhos amigos, quero poucos. Das velhas histórias, não me lembro.
As velhas músicas... PUTA QUE PARIU!

As velhas músicas serão tocadas. As novas serão tocadas. Todas serão velhas. Tudo ao seu devido tempo.

Sentarei a compor.