sábado, novembro 01, 2008

Quando a gente chegar...

Sabe quando você tá com aquela vontade que surgiu do nada e sem a menor explicação?
Sabe quando você ignora essa vontade e fica com uma incrível dor de corno?
Pois então. Tou assim.
Vou lhes contar uma história...

A cada ano ele trocava de estilo. A cada ano era uma mania nova. Foi-se o ano do esporte.
Um ano em que o menino só fazia esporte, da escola pra piscina, da piscina pra escola, da escola pra pista da pista pra piscina... o único prazer.
Foi-se o ano do roquenrou. De casa para a escola, da escola pro estúdio, do estúdio pra casa, da casa pra banda, da banda pro estúdio, do estúdio pro outro. Dois prazeres (a piscina e a banda).
Chegou o ano do amor. Paz e amor. De um amor pra outro, pra outro e pra outro. E a banda e a piscina. E a piscina secou. E a banda gritava muito alto, rodava por aí e cantava o som que fazia estremecer os pêlos da orelha do paulão... Aí veio o medo, a esperança a iminência de uma prova. Uma não, ONZE provas. Aí acabou tudo. Acabou o amor, acabou o esporte, acabou o roquenrou, acabou o tempo, acabou o vento, o sol, o fim e o começo. Da escola, pra escola, pra outra escola, pra casa, pros livros, pra escola, pra outra, pra outra... e nem a geléia da porcaria da música com café me salva. Somente planos, planos, planos de um novo ano incerto. Plano A e plano B. E as reservas que antes não faziam parte do meu corpo.
Já dizia eu pro meu amor quando tudo ainda era simples:

"Traga de volta os dias bonitos
Os tempos em que o coração batia,
Eu não vou mudar
por mais que um dia tudo acabe"


A vida da gente nunca é tão legal quanto parece ser vista de fora.
Bom dia pra vocês, eu vou fazer mais uma prova.